Segundo a Organização Mundial de Saúde, a psoríase acomete aproximadamente 3% da população mundial. Só no Brasil, são quase 4 milhões de pessoas com esta doença imunomediada e multissistêmica que acomete a pele.
A etiologia ainda não está totalmente definida, a morbidade associada com a psoríase é significativa. Embora a psoríase seja uma doença cutânea, alguns estudos relatam que ela pode se manifestar na mucosa oral e no lábio.
Durante o tratamento da psoríase são utilizados inúmeros medicamentos imunossupressores, que geram efeitos maléficos na cavidade oral, tais como: candidíase, herpes, aftas, hipossalivação e doença periodontal severa.
Além das complicações pelo tratamento, na maioria dos casos, os pacientes encontram-se deprimidos com autoestima baixa, reduzindo bastante o cuidado com a saúde oral.
Diante disso, apresentam um alto índice de cárie e doença periodontal, sendo necessário realizar um acompanhamento regular com cirurgião-dentista. Em 2021, publicamos um artigo que demonstra um caso de candidíase oral atípica em paciente psoriásico que utiliza um bloqueador anti IL-17, o secukinumab.
A Interleucina-17 (IL-17) tem sido amplamente relacionada com a proteção durante as infecções fúngicas, sendo essencial o paciente que utiliza esta medicação ser acompanhado por um dentista estomatologista.